
O corpo seguirá em cortejo em um
caminhão do Corpo de Bombeiros até o Planalto, passando pelo Eixão, uma
das principais vias da capital federal. Niemeyer será recepcionado pela
presidente Dilma Rousseff
e pelos Dragões da Independência, da guarda militar. O velório ocorrerá no salão nobre, no segundo andar.
No
Rio, dez batedores da Guarda Municipal acompanharam o trajeto do caixão
entre o Hospital Samaritano, onde Niemeyer esteve internado nos últimos
33 dias, e o aeroporto. A missa realizada na capela do hospital e
presidida pelo padre Jorjão, da Paróquia Nossa Senhora da Luz, terminou
por volta das 11h. Emocionada, a viúva do arquiteto falou com a
imprensa. "Perdi a pessoa que mais gostava no mundo, que mais amei. Vai
ser difícil, mas o tempo passa. Estou muito fragilizada", disse Vera.
Ela
contou que, anteontem, Niemeyer disse que queria comer um pastel e
tomar café. "Não saí de perto dele em nenhum momento, nem nos melhores,
nem nos piores. Acompanhei tudo". Há alguns dias, Niemeyer havia dito à
mulher que precisava deixar o hospital para continuar trabalhando. "Ele
disse: 'tenho que ir embora. Meus trabalhos estão atrasados'. E falava
para o enfermeiro: 'temos que fazer o nosso samba'."
0 Comentários