Democracia sonhada pela maioria?
                                                                           ou 
                                                           Voto de Cabresto?


Estamos vivendo dias melhores na política nacional, após a redemocratização do Brasil na década de 80, a exemplo disso é que em nosso município, já foi dado um passo muito grande. 
Na década de 90 começou um movimento para que Saloá saísse das mãos de políticos tradicionais, ou seja, dos que faziam da política uma profissão, o movimento ficou conhecido na época como: os Caras Novas, logo após se tornando lema de campanha com o título: Saloá de Cara Nova, o movimento caiu na boca do povo e várias pessoas acreditaram nessa mudança tornando-se adeptos do movimento. A semente foi semeada, quando começou a nascer foi sufocada pelas facções políticas existentes, de um lado havia o poder político aliado a Prefeitura, do outro lado, o poder político aliado ao Governo Estadual, em meio a espinhos  alguns grãos daquela semente germinou e começou a crescer, e com ajuda de muitos amigos, em 1996 chegou a disputar a prefeitura entre os dois grupos políticos ditos “poderosos”, todo esse esforço não foi em vão, pois esta planta cresceu e quatro anos após resultou em uma eleição muito disputada, pois tiveram de se juntar todos os grupos políticos do município em um só palanque para tentar ganhar as eleições desse novo grupo que se formara em Saloá, ainda não era desta vez que os destinos da política local mudaria, mais justamente após 8 (oito anos) daquela semente plantada, Saloá despontaria com essa grande mudança que a maioria da população almejava, este sonho parecia que não era realidade, mais o povo pôde demonstrar que de fato a democracia estava tomando sua verdadeira posição na sociedade, o povo quis, o povo mudou, mais como tudo não é perfeito, esse sonho durou pouco tempo, pois antes mesmo de ser concretizada o primeiro momento dessa tão sonhada mudança os algozes e coronéis da velha política já estavam com suas garras afiadas para tirar do povo aquele sonho que se tornara realidade, mais nem tudo estava perdido, pois quem sempre lutou e sonhou com uma política diferente, e que participou desse sonho da maioria, por ironia do destino tomou as rédeas do município e não deixou que a velha política tomasse de volta os rumos do município.
Hoje podemos ver que a política não é só disputada por pessoas que vem de uma linhagem de política hereditária, ou seja, filhotes dos coronéis, ou filhotes da maldita ditadura que foi implantada em nosso país e que perdurou por quase 20 anos, mas a política hoje é disputada por qualquer cidadão comum do meio do povo, que queira dá sua contribuição para a sociedade, e tudo isso, devemos ao fato de que pessoas comuns tiveram coragem de lutar e arriscar até a própria vida para mudar esse regime, principalmente em nosso município.
Diante de tudo isso podemos ver, que já avançamos muito e acreditamos que aquele sonho de mudança que foi conquistado continuará.
Mesmo com esse avanço todo, não podemos esquecer que há muita gente que não descobriu o poder que tem nas mãos e ainda estão presos a grupos e a nomes de pessoas, que pensam ter nas mãos o domínio de outras pessoas que não acordaram ainda, de que elas mesmas podem decidir por si só, retrocedendo ao tipo de política que já tivemos em nosso município, como também na maioria de todos os municípios do país. Leia a seguir outros tipos de votos.
voto de cabresto é um sistema tradicional de controle de poder político através do abuso de autoridade. É um mecanismo muito recorrente nos rincões mais pobres do Brasil como característica do coronelismo.
A figura do coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem nos candidatos por ele indicados. O coronel também utilizava outros recursos para conseguir seus objetivos políticos, tais como compra de voto, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
No sistema político e eleitoral brasileiro, nos dias atuais, é muito difícil controlar o voto das pessoas. Mas há novos mecanismos de pressão que são usados. Por exemplo, anotar as secções em que os eleitores de uma determinada família ou localidade votam, para depois conferir se a votação do candidato correspondeu ao que se esperava dos eleitores. Embora não seja possível se determinar "quem" votou em "quem" por este método, ele é eficaz entre a população mais pobre como instrumento de pressão psicológica.
Mas há também o uso de poder das milícias, nas comunidades pobres, que obrigam os moradores locais a votar em quem eles querem, ou não permitem o voto em candidatos cujo a milícia não aceita; se a população não cumpre a milícia pode abusar do poder e causar mortes ou parar de "ajudar" os moradores.
Referências
1.     As próximas eleições... “de cabresto”Revista de História da Biblioteca Nacional (05/08/2008). Página visitada em 12 de julho de 2010.
Fonte: Google e equipe de postagem saloaemfoco